Gol Linhas Aéreas terá seu próprio serviço de “Uber”.
- Homero Rocha
- 29 de set. de 2021
- 2 min de leitura

FOTO: Exame
No que depender da Low-Cost laranjinha, a única companhia aérea brasileira no segmento, o passageiro não mais precisará se preocupar com a demora dos Uber’s para aceitar corrida de carro até o aeroporto. Isto porque, segundo o jornal Exame, a empresa, junto com o grupo do qual faz parte – o grupo Comporte, fechou um acordo com intenção de receber 250 aeronaves elétricas de pouso e decolagem verticais (eVTOL). Caso tudo corra conforme planejado, esta ideia será posta em prática na metade de 2025.
A intenção é que os eVTOL conectem os grandes centros urbanos aos aeroportos em que a Gol opera – e vice e versa, de forma mais rápida e direta, reduzindo não só o tempo de espera, mas também o de viagem de um passageiro até seu aeroporto de partida, se comparado a outros serviços de transporte, como Uber ou os famosos Transfers.
A aeronave escolhida pela Gol é o Vertical VA-X4 eVTOL, da empresa irlandesa Avolon. O motivo da escolha é que, apesar de ainda estar em fase de certificação pelos órgãos reguladores, o modelo, dentre todos os de seu segmento, é o mais avançado neste processo. Além disso, segundo o Chefe Técnico da Avolon, Felipe Campos, “Para quem está no chão, o barulho do eVTOL é praticamente o mesmo de uma geladeira na cozinha. E, por conta da tecnologia, quase não precisa de manutenção e reduz os custos de operação em 80%”.
Outras características bastante interessantes da aeronave que desesperam não só a hegemonia dos aplicativos de transporte, mas também da venda e uso de helicópteros, é que o novo veículo elétrico possui alcance de 160 km e velocidade máxima de 320 km/h (é um “trem-bala voador”). Para piorar ainda mais a situação de seus concorrentes, produz cerca de 100 vezes menos ruído nos voos de cruzeiro.
Com capacidade para apenas 4 passageiros, os eVTOL não são capazes de atender aos planos de regionalização e capilarização da malha aérea da GOL, coisa que a concorrente Azul já faz com seus e190 e ATR, mas a própria empresa admite que, no futuro, poderão surgir novas frentes de negócio, como o transporte de encomendas e aeromédicos.
“As possibilidades vão muito além dos passageiros e dependem da criatividade do grupo. Mas essa não é uma decisão que cabe a nós e sim ao Grupo Comporte. Atualmente, nosso empenho é para tornar o projeto viável. Como o business plan ainda será estudado, é cedo para dizer se realmente apostaremos em outros serviços”, disse Sérgio Quito, chairman do Conselho de Segurança Operacional da Gol, ao site Exame.
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