CONCORRÊNCIA: Air France – KLM põe Airbus e Boeing em disputa para renovação de frota

FOTO: Aeroin

A KLM Royal Dutch Airlines, empresa do grupo Air France – KLM, está prestes a substituir sua frota de 737 NG (New Generation). Para isso, ela colocará a Boeing e a Airbus em disputa em busca da melhor opção para a renovação de sua frota.

Conforme relatado pelos sites Aeroflap e Reuters, o Grupo Air France – KLM fará uma negociação envolvendo 80 novos jatos de médio porte. Este acordo valerá, por tabela, cerca de US $8 bilhões, e tanto a Airbus como a Boeing podem oferecer descontos atrativos, já que ambas as montadoras estão a procura de potenciais clientes pós-pandemia. O site Aeroflap também afirma que, além da KLM, as tratativas deverão envolver novas aeronaves para a companhia franco-holandesa Transavia, que também é administrada pelo grupo.

Ao que tudo indica, os potenciais substitutos dos 737Ng tanto da Transavia como da KLM são os 737 MAX e a versão NEO (New Engine Option) dos Airbus A320 e A321.

Contudo, a Air France deverá também realizar uma negociação adicional conforme seu plano de menor emissão de carbono para as aeronaves da geração anterior, como o A320 e o A321. Tal negociação, em um primeiro momento, deve favorecer o fabricante europeu. Vale lembrar que, visando substituir outros aviões da família A320 presentes em sua frota (como o A319, por exemplo), a companhia aérea-bandeira da França encomendou 60 jatos A220 da Airbus. Destes, a Air France já recebeu seu primeiro exemplar.

Historicamente, a KLM possui uma filosofia de aeronaves a parte: enquanto sua companheira francesa de grupo, a Air France, opta pelos novos jatos europeus, descendentes de um projeto da Bombardier, a KLM prefere a segunda geração dos E-Jets (E175-E2; E190-E2; E195-E2) da brasileira Embraer. Isso também vale para aeronaves de médio alcance, já que a família 737 é o carro chefe da KLM, enquanto sua irmã francesa aposta na família A320.

Ainda não se sabe ao certo qual será o desfecho desta disputa. Só nos resta, então, observar seus novos capítulos, pois ela promete se tornar mais acirrada nos próximos anos, haja visto que se trata do embate entre duas empresas que, frequentemente, enfrentam-se diretamente. Também, e principalmente, daqui para frente, haverá um aumento na pressão ambiental sobre os operadores europeus, isso além da busca pela redução dos custos operacionais por parte dos operadores aéreos.