CPTM gastará R$ 4 milhões em obras de melhoria no atendimento da linha 13.
- Homero Rocha
- 11 de jul. de 2021
- 2 min de leitura

Estas obras consistem na retirada das restrições de velocidade que existem na linha hoje em dia.
Por mais nova que seja, a linha 13-Jade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) ainda possui algumas pendências a serem resolvidas. Dentre tais pendências está a remoção das restrições de velocidade, conhecidas por “cautelas”, que impedem que os trens desempenhem velocidades superiores aos atuais 50 km/h.
Recentemente, a CPTM formalizou um contrato para a aquisição de equipamentos que tornem as viagens na linha que conecta o Aeroporto de Guarulhos à malha metroferroviária mais eficientes.
De acordo com o Portal de Transparência da CPTM, a linha 13 possui pendências técnicas cujas causas estão relacionadas aos “aparelhos de dilatação”, bem como a influência destes no alinhamento da via. Esta informação pode ser conferida no relatório abaixo, divulgado pela CPTM e compartilhado pelo site Metrô-CPTM.

Embora não esteja claro qual é a deficiência em pauta, por motivos de segurança, as composições que rodam na linha 13 precisam reduzir sua velocidade atrasos na viagem. Isso ocorre principalmente no trecho entre as estações Guarulhos-CECAP e Engenheiro Goulart, mais precisamente na região da ponte estaiada que cruza as rodovias Ayrton Senna e Hélio Smidt, passando por cima delas.
De acordo com o site Metrô-CPTM, veiculador da notícia-base deste post, os problemas aparecem nas duas vias em proporções diferentes. Na via dos trens que seguem sentido Aeroporto-Guarulhos, a restrição é 50km/h, ao passo que, na via do sentido oposto (Engenheiro Goulart), a restrição é de 20km/h.
Sim, este problema se mostra para o passageiro, e seu impacto é de 2 minutos de atraso no sentido Aeroporto. Já no sentido da estação Engenheiro Goulart, este impacto é de 9 minutos de atraso na viagem.
Aparelho de Dilatação de Trilhos
A solução encontrada pela CPTM parece estar em um contrato que fora formalizado no final do mês passado. Este contrato contempla a compra de Aparelhos de Dilatação de Trilhos (ADT), usados justamente para corrigir os efeitos da dilatação térmica da via, que obriga as companhias metroferroviárias a colocarem restrições nas linhas.
O ADT, basicamente, consiste em uma região onde duas seções de trilhos são unidas, porém não são soldadas. Nesta região, o trilho de uma das vias entra no aparelho e vai tornando-se mais estreito, assemelhando-se bastante à agulha de um AMV (Aparelho de Mudsança de Via, popularmente conhecido por “desvio”). A sequência de trilhos une-se à “agulha”, dando continuidade ao traçado.
Desta forma, as duas partes da via podem dilatar-se e comprimir-se de forma a causar efeitos mínimos ao restante do trecho. A solução pensada para a linha 13-Jade é composta por 10 ADT’s, encomendados junto à empresa Voestalpine Railway Systems Brazil ltda. O valor do investimento é de R$ .884.807,60.
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